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A retinoscopia continua a ser um dos métodos mais eficaz na avaliação refractiva, quando é adequadamente realizado. O sucesso desta técnica depende principalmente da experiência do profissional, mas outros factores podem influenciar o resultado final, como o tamanho da pupila ou a participação do paciente. Actualmente o auto refractómetro parece assumir um papel prioritário à retinoscopia devido à sua rapidez, facilidade de manuseamento e resultado final, principalmente ao nível dos valores do astigmatismo.
Ao realizar retinoscopia como rotina a todos os pacientes, independentemente da idade, torna-se uma técnica relativamente rápida e com resultados muito próximos dos valores refractivos finais. As réguas de esquiascopia podem ser bastante úteis em determinados pacientes.
O uso do retinoscópio, para alem de permitir a avaliação da ametropia de forma objectiva, permite a avaliação da transparência dos meios e é uma excelente ferramenta no despiste de queratocone.
Os jovens portadores de síndrome de Down apresentam uma alta incidência em queratocone, cerca de 10%, que frequentemente não é diagnosticado nos seus estágios iniciais.
Recentemente, a associação de síndrome de Down em UK, publicou um artigo elaborado por uma optometrista, onde descreve a importância da retinoscopia, como o melhor método para o despiste de queratocone na população com síndroma de Down. Alerta ainda para o facto de que, estes pacientes devem evitar optometristas que apenas usem auto refractómetros ou que não estejam familiarizados com a condição.